Bobadela
Número de Habitantes: 761
Povoações: Bobadela; Coitena; Isolados; Tapado
Resenha histórica:
Os Romanos ergueram aqui um importante centro urbano por volta dos séculos I-IV DC, como provam os significativos vestígios arqueológicos que hoje restam daquela a que na altura chamaram “ Splendissimae Civitati”.
Bobadela teve desde tempos romanos, estatuto municipal, cuja primeira carta de foral data de 1256, pelo Rei D. Afonso III, na qual se demarcava o respectivo território. Foi depois um pequeno concelho medieval, tendo-lhe D. Manuel I concedido foral novo a 15 de Outubro de 1513. O concelho de Bobadela foi abolido com a reforma administrativa de 29 de Novembro de 1836, ficando desde entao agregado ao de Oliveira do Hospital.
O topónimo Bobadela inicialmente sob a forma de Bovedela em documento do século XII, Abovedella em 1211, Bovadella e Abovadela nas inquirições de 1258.
A importância de Bobadela na época romana deduz-se nao apenas do arco que se conserva erguido, como dos restos visíveis na povoação e dos vestígios assinalados à sua volta, com particular destaque para a parte já visível daquilo que terá sido um anfiteatro romano que, segundo sugerem algumas teses científicas, terá sido destruído por um incêndio no século IV.
Igreja Paroquial
Localidade: Bobadela
Orago: Nossa Senhora da Graça
Comemoração:
Resenha histórico-artística:
Tem como titular a Nossa Senhora da Graça. Esta igreja reformada no seculo XVIII (em 1746 segundo o letreiro da porta principal), depois de restaurada apenas conservou da igreja anterior um belo altar em pedra do século XVI, descoberto nas traseiras do altar-mor aquando do ultimo restauro. Pode vê-lo junto da entrada principal do lado esquerdo.
Torre à direita, sendo o corpo dos sinos da época final setecentista. Interiores austeros, tendo os altares colaterais e dois das paredes do corpo metidos em arcos. O retábulo principal e os colaterais são de madeira, com duas colunas cada, sendo aquele mais adornado e de largos motivos concheados. Todos da segunda metade do século XVIII; o arco da direita é igualmente do século XVIII, mas o fronteiro é já do século XIX. Contém diversas esculturas de mérito, destacando-se a Virgem com o Menino ( Senhora da Graça), no retábulo principal.
Na base da Torre da Igreja Paroquial onde está uma lápide de granito com a palavra NEPTVNALE em grandes caracteres, e que pode ter pertencido à inscrição dum templo, ou comemorar as festas de Neptuno.
Na sobreverga da porta principal lê-se "Esplendissime Civitati Ivla Modista Flamina", que segundo Hubner seria a inscrição consagrada ao génio local da cidade esplendíssima de estatuas, colunas, e outros elementos espalhados por toda a povoação e em alguns museus nacionais.
Capela de Nossa Senhora da Luz
Localidade: Bobadela
Orago: Nossa Senhora da Luz
Comemoração: Agosto
Resenha histórico-artística:
Levanta-se num alto cenografico, do lado poente da povoação. Precede a entrada um alpendre apoiado em colunas. Dos fins do Século XVIII. Na verga da porta lê-se: EGO LUX IN MVMDVM VENI. No modesto interior, um pequeno retábulo do fim do século XVIII contém a escultura de pedra, de Nossa Senhora da Luz, da segunda metade do Século XVI. É o término de um calvário de modestos cruzeiros.
Capela de S. Sebastião
Localidade: Bobadela
Orago: S. Sebastião
Comemoração:
Resenha histórico-artística:
No alto do Monte da Crasto, a nascente do lugar. Foi outrora dedicada a Nossa Senhora de Guadalupe. A esplanada, oval e nivelada, é o que resta duma antiga fortificação que circundava o alto do monte com muros e parapeitos de terra, reconhecendo-se ainda bem o talude artificial. A construção é simples, com porta de friso e arquitrave. Na base da cruz parece ler-se 1778. A imagem de S.Sebastião, de madeira, tem carácter gótico. O púlpito, cilíndrico, assenta numa base provavelmente antiga.